A prática da metalurgia do cobre arsenical durante a ocupação do Calcolítico Pleno/Final, bem como a da copelação da prata durante a II Idade do Ferro ou em época Romana, tinham já sido identificadas no Castelo Velho de Safara (Moura). Uma mancha de um material cinzento- escuro, provavelmente escória, aderente à face interna do fundo de um vaso cerâmico de tipologia comum em contextos da II Idade do Ferro, constitui mais um vestígio metalúrgico deste sítio arqueológico. Este material escorificado foi caracterizado através das espectrometrias de Fluorescência de Raios X e de Micro Fluorescência de Raios X, Dispersivas de Energias, o que permitiu identificar a operação metalúrgica que lhe deu origem. A composição da escória indicia uma operação de redução de minérios de chumbo, a qual terá necessariamente ocorrido a temperaturas elevadas (H1000ºC). Contudo, a ausência de quaisquer marcas de vitrificação ou escorificação na pasta cerâmica indica que o artefacto não terá participado directamente na referida operação metalúrgica.
Fonte:Revista portuguesa de arqueologia
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