quinta-feira, 23 de junho de 2011

Remodelação do executivo da Junta

A assembleia de freguesia de Safara, reuniu ontem e sessão ordinária, no final da sessão, Vânia Marujo, presidente da assembleia anunciou que o tesoureiro e secretario da Junta de Freguesia, Joaquim Santos e Joaquim Moças renunciaram ao cargo e passarão a fazer parte da assembleia, os substitutos serão escolhidos em sessão extraordinária a realizar brevemente.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Câmara Municipal promove reunião com a população de Safara

A câmara municipal de Moura reuni-o hoje na casa da moagem com a população de safara.
A reunião teve como objectivo informar os munícipes sobre os progetos executados na freguesia, assim como os projectos futuros, e sobre os cortes nos financiamentos à autarquia resultantes da conjuntura actual.
O sr. presidente da câmara informou os presentes das dificuldades da câmara no futuro, pois o financiamento vindo do estado para 2011 vai sofrer um corte de 503.000 euros, isto a juntar ao que já teve em 2010 de 400.000 euros.
De realçar a fraca participação da população, estiveram presentes cerca de 20 pessoas, caso para dizer que se fala e critica muito na rua , nos cafés, mas quando somos chamados a participar, preferimos ficar em casa.

domingo, 17 de outubro de 2010

Teatro para os Idosos de Safara




O Grupo de Teatro do Grupo União Safarense apresentou hoje, na sua sede a peça de teatro "Vamos rir que o caso é serio" destinado à população mais idosa de Safara. O Grupo irá apresentar a mesma peça no próximo dia 30 em Santo Aleixo de Santo Aleixo da Restauração.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

Memorias "2 de outubro de 1954"

A 2 de Outubro de 1954, o "Jornal de Moura" noticiava que, em assembleia geral extraordinária realizada a 20 de Setembro do mesmo ano, a Cooperativa de Olivicultores de Safara aprovou por unanimidade as seguintes soluções: a aquisição imediata de maquinismos, a compra de terrenos onde hão-de construir-se as instalações industriais e sede social, e a montagem provisória de todo o equipamento industrial que laborará na próxima safra, num lagar cedido gratuitamente pelo seu proprietário Srº José Rosado Batista Vidigal.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Reunião da Assembleia de Freguesia / 30/09/10

A Assembleia de Freguesia de Safara, reuniu ontem em sessão ordinária que decorreu com normalidade, começando por a eleição de um novo segundo secretario uma vez que o anterior se havia demitido, depois Srª presidente da Assembleia saudou a junta pela forma magnifica como organizou a semana cultural e pelo sucesso alcançado, ainda a srª presidente da Assembleia questionou a junta acerca das obras do campo de futebol a qual a srª presidente da Junta respondeu que tinham começado os trabalhos de demolição de algumas paredes enquanto decorria o concurso para fazer a construção propriamente dita, por sua vez os eleitos do PS questionaram a junta sobre diversos assuntos entre os quais os valores envolvidos na realização da semana cultural, ao que a srª presidente respondeu que daria informação mais detalhada na próxima assembleia.
Todos os assuntos colocados a votação foram aprovados por unanimidade.

terça-feira, 11 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Parabéns a todos os Benfiquistas!

Benfica.jpg
Sou sportinguista mas gostaria de deixar aqui os parabéns a todos os Benfiquistas, acho que o Benfica foi o justo vencedor desta época.
Parabéns!

domingo, 9 de maio de 2010

Efeméride local 9 de Maio

A 9 de Maio de 1949 foram iniciados os trabalhos de abastecimento de agua a Safara.
A obra estava a cargo da empresa Construções Progresso, Lda, de Lisboa.
A obra viria a ser inaugurado cerca de dois anos mais tarde, a 7 de Julho de 1951.

sábado, 8 de maio de 2010

Quase um mês depois continua a dar que falar!

No passado dia 15 de Abril publiquei um comunicado da junta de Freguesia a que dei o titulo "Junta de Freguesia de Safara lança comunicado à população" e apenas o titulo foi da minha autoria, limitei-me a publicar o texto que os moradores de Safara receberam em casa, até hoje continuam a chegar comentários o que é bom, mas acabei de receber um que vou copiar para esta pagina porque para alem de estar identificado, na minha opinião é mais que um comentário, é um esclarecimento importante.
Anónimo c di fazio t disse...

Bom dia.
Estou agradecível ao autor do Blog,por este mesmo existir.
Ontem, mesmo fui informada par ler as tolices que para aqui estavam expostas visto talvez de cara cara algumas pessoas não tem coragem de dizer, mas eu sim.
Por isso mesmo começo por desmentir quem disse que a sra presidente tinha pedido feijão á cruz vermelha fui eu a contactada,se aceitava bens alimentares para distribuir por os mais necessitados vistos ter o voluntariado gratuito perante o Banco Alimentar contra a fome no concelho de Moura caso não estejam ao corrente então passo esta msg.
No presente ano assinalado pela comunidade Europeia da luta contra a pobreza e a Exclusão Social,"onde cerca de 80 milhões de cidadãos europeus vivem em risco de pobreza, entre os quais 19 milhões de crianças, e a situação tende piorar com os efeitos a longo prazo da crise económica e financeira que teve inicio em 2008.
O Ano Europeu da luta contra a pobreza e a Exclusão social pretende reforçar a importância do compromisso político e do envolvimento colectivo e individual na erradicação da "POBREZA",e na desconstrução de estereótipos e estigmas a quem vive nessa situação.
Hora bem como os feijões em Safara ninguém está necessitado e como escreveram no comentário para a "SRA PRESIDENTA E SUA AMIGA OS COMEREM", tanto feijão faz dor de "Barriga."
Então no dia 29 e 30 de Maio e feita a campanha de recolha de bens alimentares os feijões iram para o B.A.C.F.
Mas é pecado algumas pessoas serem pouco cívicas e não entenderem as boas intenções de quem podia no amanhã necessitar hoje foram feijões amanhã podia ser pão e quem sabe se no futuro não se adicionava algum PATÈ fosse ele aquele que fosse para meio entendedor meia palavra chega não é verdade?
E já agora em nome do Banco Alimentar quem tiver a boa vontade de querer dar a sua ajuda preciosa como voluntário será bem vinda sempre bem vinda e ficaram com a certeza para onde seguem os feijões e o só sentiram a forte emoção do que é estar bem consigo próprio.
Eu peço as minhas desculpas a quem por aqui passar e ler, a minha intenção não é de estar a favor de uns, e ser contra outros.

8 de Maio de 2010 11:19

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Safara, ver e saborear

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/26/Safara_-_Moura.JPG
Agora que o tempo melhorou, faço um convite aos leitores do Rua da Achada que não são de Safara a fazerem-nos um visita e descobrirem o que esta pequena terra tem para ver e saborear, então vamos lá, chegando a Safara podem parar logo na entrada e atestar o carro nas bombas do Augusto ou nas bombas do Rainha (ambas tem serviço de Bar) de seguida seguem em direcção ao centro e podem tomar o pequeno almoço na pastelaria LICO, agora que já recuperaram energias vão fazer umas compras de produtos da nossa terra, podem começar por comprar bolos regionais na Dias & Caeiro (Maria dos Bolos como é mais conhecida) e nos Pastelinhos de Safara depois pode comprar bons enchidos no talho do Zé Miguel e no talho do Zé da Lúcia de seguida passe pela padaria Taranta, na rua da Republica onde pode encontrar o magnifico pão Alentejano mas não venha de lá embora sem trazer também mel já premiado em vários concursos, e já que está nessa zona da aldeia dê um saltinho ao lagar do Chico Zé na rua do Brasil, e leve um bom azeite daquele que dificilmente encontra no supermercado, e já agora passe pelo Chico Pato e leve umas azeitonas com tempero caseiro que estas não encontra mesmo em lado nenhum, bem já tem os bolos, os enchidos, o pão, o mel, o azeite as azeitonas, com estas voltas todas são horas de almoço, tem duas opções ou vai ARCADA ou ao MEIA BOLA, não fique indeciso almoça num e vai jantar no outro, sim porque isto ainda não acabou, então que tal, gostou do almoço? estou certo que sim, então vamos lá continuar, para queimar algumas calorias vimos a pé visitar alguns pontos de interesse, começamos pela ponte romana na ribeira de Safareja, no regresso passamos pela fonte dos arcos e pode beber um pouco de agua fresca, agora vá em direcção ao largo das ameias e aprecie a capela de Santa Ana, já que está no largo das ameias e depois desta caminhada já ia um cerveja com um pires de caracóis, pois bem ai perto da capela tem o café JANEIRO, aproveite, depois dessa pausa siga em direcção à Achada de São Sebastião ai vai encontrar a Igreja de São Sebastião e ao lado um monumento em homenagem aos Safarenses que deram a vida pela pátria, segue pela rua São Sebastião até à praça 25 de Abril e encontra a Igreja Matriz, já ia outra cervejinha e uns caracóis, vá agora ao café RETE, já está? conheça agora o artesanato local, vá à do Zé de Jesus na Rua São Sebastião e veja os magníficos trabalhos em ferro, depois na rua de Moura ( estrada nacional) pode apreciar os trabalhos em verga e outros feitos pelo António Lima a seguir volte à rua do Brasil para ver as cadeiras com fundo de buinho feitas pelo Caixinhas, enquanto o tempo passa! já são horas de jantar, já sabe se foi ao ARCADA almoçar vá agora jantar no MEIA BOLA, terminado o jantar ainda pode ir tomar um copo na rua do Hospital tem o EduardusBar e o bar JF, mas o condutor agora não bebe alccol, começa a ficar tarde são horas de voltar,espero que tenham gostado, boa viagem, voltem Sempre!

domingo, 2 de maio de 2010

DIA da Mãe


Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

sábado, 1 de maio de 2010

Dia Mundial do Trabalhador

[1_DE_M~1.JPG]

Hoje comemora-se o dia Mundial do trabalhador, numa altura em que os direitos dos trabalhadores sofrem a maior ofensiva de sempre, com cortes nas regalias sociais com o aumento da carga horária, com a redução da prestação de subsidio de desemprego deixando assim a porta aberta para o patronato poder baixar ainda mais os salários que já são de miséria, agora ainda vem Passos Coelho, propor substituir o 13º mês por certificados de aforro, os banqueiros que ainda à um ano receberam do estado milhões e milhões de euros, dizia o governo que seria para a banca ajudar as famílias e as empresas a ultrapassar a crise, e agora o que vimos? Vimos os banqueiros virem à televisão a dizer descaradamente, com uma arrugaria nunca antes vista, sem se preocuparem nem com as palavras que utilizam ( a mama acabou agora é a doer) tudo isto porque os senhores neste trimestre, ganharam menos um pouco que em igual período do ano passado, mas ainda assim muitos milhões, tudo isto com o auto patrocínio de um primeiro ministro com tiques fascistas e que se diz de esquerda. mas não nos podemos esquecer que nós povo também temos culpa, porque à mais de 30 anos que estes senhores nos andam a enganar a retirar-nos a pouco e pouco os direitos conquistados com a revolução de Abril, e mesmo assim não abrimos os olhos, na hora de utilizarmos a arma mais poderosa que a democracia tem ao nosso dispor, utiliza-mo-la mal, utiliza-mo-la contra nós.
Por isso, que este 1º de Maio seja apenas o primeiro dia de uma luta que altere de uma vez por todas este estado de coisas.
Viva o 1º de Maio, Viva os Trabalhadores de todo o Mundo!

Reunião da Assembleia de Freguesia

A Assembleia de Freguesia de Safara, reuniu ontem em sessão ordinária. A reunião decorreu com grande tranquilidade sendo mesmo aprovados por unanimidade todos os pontos postos a votação, destaque para aprovação de uma proposta de Leasing de cerca de 20.000€ para aquisição de uma retro escavadora, tento em vista o aumento por parte da junta, da capacidade de resposta aos problemas da freguesia, este ponto apesar de aprovado por unanimidade mereceu algum reparo por parte da bancada do PS, argumentando que a divida (investimento) passaria para o mandato seguinte, já que o prazo é de 48 meses. A Senhora Presidente informou ainda que está a decorrer uma auditoria as contas da autarquia dos últimos Quatro anos, e que apesar de não estar totalmente concluída, já foram detectados alguns erros administrativos e algumas irregularidades, nomeadamente a retenção no salários dos funcionários das contribuições para o sindicato dos trabalhadores da administração local e que não foram entregues a essa entidade, por fim ficamos a saber que a bancada do PS ainda teria mais alguma coisa a dizer, mas não constando da ordem de trabalhos e não tendo sido apresentados no período antes da ordem do dia como a senhora presidente da assembleia tinha chamado a atenção no principio da sessão, já não ponderam ser apresentados, no período destinado ao publico, nada de relevante.

domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril em Safara

As comemorações do 25 de Abril começaram Sábado, 24 de Abril com uma arruada pela banda de musica do C.A.M. Safarense, que voltou a ouvir-se depois de cerca de três anos parada, mais tarde ás 16h teve lugar no auditório da casa de moagem, um colóquio denominado, conversas sobre a revolução do 25 de Abril, na mesa estava, Ana Caeiro (presidente da Junta) Vânia Marujo ( presidente da assembleia de freguesia) José António Oliveira ( vice Presidente da Câmara M. Moura) e o orador convidado António Gervásio.
Depois de Ana Caeiro apresentar a mesa, Vânia Marujo deu inicio ao colóquio, com alguma emoção que era visível no seu rosto, e que se sentia nas suas palavras, apresentou a biografia do convidado António Gervásio, resistente anti-fascista nasceu a 25 de Fevereiro de 1927 em Montemor-o-novo numa família pobre de operários agrícolas, agora com 83 anos, mas com uma lucidez incrível para que padeceu o sofrimento de ter estado preso três vezes, sempre por denuncia, em 1947, em 1960 e em 1971, sendo que desta vês só saiu aquando do 25 de Abril.
No total, esteve preso cinco anos e meio. Nas prisões de 1960 e 1971 foi brutalmente torturado, com espancamento até a perda dos sentidos. Na última prisão foi impedido de dormir durante 18 dias e 18 noites seguidos, esteve cerca de 400 horas sem dormir.
Em maio de 1961, foi espancado em pleno tribunal por denunciar as torturas da PIDE.
A 4 de Dezembro de 1961, em pleno dia, um pouco antes das dez da manhã, participou na fuga de Caxias com mais com mais sete pessoas, militantes do Partido Comunista Português, como ele próprio o era desde os 18 anos, curiosamente num carro que Salazar havia recebido de presente de Hitler.
António Gervásio participou sempre activamente nas lutas do proletariado agrícola do sul do pais, tendo sido um dos impulsionadores da luta pela jornada de 8 horas de trabalho, conseguidas após uma luta muito intensa por parte de todos os trabalhadores, mesmo sob o medo da PIDE e sob o jugo fascista.
Depois da revolução, foi eleito deputado à assembleia constituinte pelo distrito de Portalegre e, em 1979, foi eleito deputado à assembleia da republica pelo distrito de Évora. participou directamente em todo processo da reforma agrária e na luta pela sua defesa. è da sua autoria a obra "A Reforma Agrária é Necessária."
Todas estas historias reais contadas na primeira pessoa impressionaram e emocionaram o publico que enchia por completo o auditório. De realçar a ausência dos eleitos do PS nesta e em todas as iniciativas levadas a cabo pela Junta de freguesia, é pena porque assim ficariam a saber melhor como foi difícil alcançar a democracia.
Hoje dia 25 de Abril houve arruada pela Banda dos Leões e entrega de cravos vermelhos pele população, para além de outras iniciativas que terminou com a actuação do grupo VÁ de MODAS.
25 de Abril Sempre!

Peço desculpa pela data que está na foto, fui eu que não actualizei a data da maquina, mas foi mesmo feita no colóquio de dia 24/04/2010.

As portas que Abril Abriu.



As Portas que Abril abriu


Era uma vez um país

onde entre o mar e a guerra

vivia o mais infeliz

dos povos à beira-terra.


Onde entre vinhas sobredos

vales socalcos searas

serras atalhos veredas

lezírias e praias claras

um povo se debruçava

como um vime de tristeza

sobre um rio onde mirava

a sua própria pobreza.


Era uma vez um país

onde o pão era contado

onde quem tinha a raiz

tinha o fruto arrecadado

onde quem tinha o dinheiro

tinha o operário algemado

onde suava o ceifeiro

que dormia com o gado

onde tossia o mineiro

em Aljustrel ajustado

onde morria primeiro

quem nascia desgraçado.


Era uma vez um país

de tal maneira explorado

pelos consórcios fabris

pelo mando acumulado

pelas ideias nazis

pelo dinheiro estragado

pelo dobrar da cerviz

pelo trabalho amarrado

que até hoje já se diz

que nos tempos do passado

se chamava esse país

Portugal suicidado.


Ali nas vinhas sobredos

vales socalcos searas

serras atalhos veredas

lezírias e praias claras

vivia um povo tão pobre

que partia para a guerra

para encher quem estava podre

de comer a sua terra.


Um povo que era levado

para Angola nos porões

um povo que era tratado

como a arma dos patrões

um povo que era obrigado

a matar por suas mãos

sem saber que um bom soldado

nunca fere os seus irmãos.


Ora passou-se porém

que dentro de um povo escravo

alguém que lhe queria bem

um dia plantou um cravo.


Era a semente da esperança

feita de força e vontade

era ainda uma criança

mas já era a liberdade.


Era já uma promessa

era a força da razão

do coração à cabeça

da cabeça ao coração.

Quem o fez era soldado

homem novo capitão

mas também tinha a seu lado

muitos homens na prisão.


Esses que tinham lutado

a defender um irmão

esses que tinham passado

o horror da solidão

esses que tinham jurado

sobre uma côdea de pão

ver o povo libertado

do terror da opressão.


Não tinham armas é certo

mas tinham toda a razão

quando um homem morre perto

tem de haver distanciação


uma pistola guardada

nas dobras da sua opção

uma bala disparada

contra a sua própria mão

e uma força perseguida

que na escolha do mais forte

faz com que a força da vida

seja maior do que a morte.


Quem o fez era soldado

homem novo capitão

mas também tinha a seu lado

muitos homens na prisão.


Posta a semente do cravo

começou a floração

do capitão ao soldado

do soldado ao capitão.


Foi então que o povo armado

percebeu qual a razão

porque o povo despojado

lhe punha as armas na mão.


Pois também ele humilhado

em sua própria grandeza

era soldado forçado

contra a pátria portuguesa.


Era preso e exilado

e no seu próprio país

muitas vezes estrangulado

pelos generais senis.


Capitão que não comanda

não pode ficar calado

é o povo que lhe manda

ser capitão revoltado

é o povo que lhe diz

que não ceda e não hesite

– pode nascer um país

do ventre duma chaimite.


Porque a força bem empregue

contra a posição contrária

nunca oprime nem persegue

– é força revolucionária!


Foi então que Abril abriu

as portas da claridade

e a nossa gente invadiu

a sua própria cidade.


Disse a primeira palavra

na madrugada serena

um poeta que cantava

o povo é quem mais ordena.


E então por vinhas sobredos

vales socalcos searas

serras atalhos veredas

lezírias e praias claras

desceram homens sem medo

marujos soldados «páras»

que não queriam o degredo

dum povo que se separa.

E chegaram à cidade

onde os monstros se acoitavam

era a hora da verdade

para as hienas que mandavam

a hora da claridade

para os sóis que despontavam

e a hora da vontade

para os homens que lutavam.


Em idas vindas esperas

encontros esquinas e praças

não se pouparam as feras

arrancaram-se as mordaças

e o povo saiu à rua

com sete pedras na mão

e uma pedra de lua

no lugar do coração.


Dizia soldado amigo

meu camarada e irmão

este povo está contigo

nascemos do mesmo chão

trazemos a mesma chama

temos a mesma ração

dormimos na mesma cama

comendo do mesmo pão.

Camarada e meu amigo

soldadinho ou capitão

este povo está contigo

a malta dá-te razão.


Foi esta força sem tiros

de antes quebrar que torcer

esta ausência de suspiros

esta fúria de viver

este mar de vozes livres

sempre a crescer a crescer

que das espingardas fez livros

para aprendermos a ler

que dos canhões fez enxadas

para lavrarmos a terra

e das balas disparadas

apenas o fim da guerra.


Foi esta força viril

de antes quebrar que torcer

que em vinte e cinco de Abril

fez Portugal renascer.


E em Lisboa capital

dos novos mestres de Aviz

o povo de Portugal

deu o poder a quem quis.


Mesmo que tenha passado

às vezes por mãos estranhas

o poder que ali foi dado

saiu das nossas entranhas.

Saiu das vinhas sobredos

vales socalcos searas

serras atalhos veredas

lezírias e praias claras

onde um povo se curvava

como um vime de tristeza

sobre um rio onde mirava

a sua própria pobreza.


E se esse poder um dia

o quiser roubar alguém

não fica na burguesia

volta à barriga da mãe.

Volta à barriga da terra

que em boa hora o pariu

agora ninguém mais cerra

as portas que Abril abriu.


Essas portas que em Caxias

se escancararam de vez

essas janelas vazias

que se encheram outra vez

e essas celas tão frias

tão cheias de sordidez

que espreitavam como espias

todo o povo português.


Agora que já floriu

a esperança na nossa terra

as portas que Abril abriu

nunca mais ninguém as cerra.


Contra tudo o que era velho

levantado como um punho

em Maio surgiu vermelho

o cravo do mês de Junho.


Quando o povo desfilou

nas ruas em procissão

de novo se processou

a própria revolução.


Mas eram olhos as balas

abraços punhais e lanças

enamoradas as alas

dos soldados e crianças.


E o grito que foi ouvido

tantas vezes repetido

dizia que o povo unido

jamais seria vencido.


Contra tudo o que era velho

levantado como um punho

em Maio surgiu vermelho

o cravo do mês de Junho.


E então operários mineiros

pescadores e ganhões

marçanos e carpinteiros

empregados dos balcões

mulheres a dias pedreiros

reformados sem pensões

dactilógrafos carteiros

e outras muitas profissões

souberam que o seu dinheiro

era presa dos patrões.


A seu lado também estavam

jornalistas que escreviam

actores que se desdobravam

cientistas que aprendiam

poetas que estrebuchavam

cantores que não se vendiam

mas enquanto estes lutavam

é certo que não sentiam

a fome com que apertavam

os cintos dos que os ouviam.


Porém cantar é ternura

escrever constrói liberdade

e não há coisa mais pura

do que dizer a verdade.


E uns e outros irmanados

na mesma luta de ideais

ambos sectores explorados

ficaram partes iguais.


Entanto não descansavam

entre pragas e perjúrios

agulhas que se espetavam

silêncios boatos murmúrios

risinhos que se calavam

palácios contra tugúrios

fortunas que levantavam

promessas de maus augúrios

os que em vida se enterravam

por serem falsos e espúrios

maiorais da minoria

que diziam silenciosa

e que em silêncio fazia

a coisa mais horrorosa:

minar como um sinapismo

e com ordenados régios

o alvor do socialismo

e o fim dos privilégios.


Foi então se bem vos lembro

que sucedeu a vindima

quando pisámos Setembro

a verdade veio acima.


E foi um mosto tão forte

que sabia tanto a Abril

que nem o medo da morte

nos fez voltar ao redil.


Ali ficámos de pé

juntos soldados e povo

para mostrarmos como é

que se faz um país novo.


Ali dissemos não passa!

E a reacção não passou.

Quem já viveu a desgraça

odeia a quem desgraçou.


Foi a força do Outono

mais forte que a Primavera

que trouxe os homens sem dono

de que o povo estava à espera.


Foi a força dos mineiros

pescadores e ganhões

operários e carpinteiros

empregados dos balcões

mulheres a dias pedreiros

reformados sem pensões

dactilógrafos carteiros

e outras muitas profissões

que deu o poder cimeiro

a quem não queria patrões.


Desde esse dia em que todos

nós repartimos o pão

é que acabaram os bodos

— cumpriu-se a revolução.


Porém em quintas vivendas

palácios e palacetes

os generais com prebendas

caciques e cacetetes

os que montavam cavalos

para caçarem veados

os que davam dois estalos

na cara dos empregados

os que tinham bons amigos

no consórcio dos sabões

e coçavam os umbigos

como quem coça os galões

os generais subalternos

que aceitavam os patrões

os generais inimigos

os generais garanhões

teciam teias de aranha

e eram mais camaleões

que a lombriga que se amanha

com os próprios cagalhões.

Com generais desta apanha

já não há revoluções.


Por isso o onze de Março

foi um baile de Tartufos

uma alternância de terços

entre ricaços e bufos.


E tivemos de pagar

com o sangue de um soldado

o preço de já não estar

Portugal suicidado.


Fugiram como cobardes

e para terras de Espanha

os que faziam alardes

dos combates em campanha.


E aqui ficaram de pé

capitães de pedra e cal

os homens que na Guiné

aprenderam Portugal.


Os tais homens que sentiram

que um animal racional

opõe àqueles que o firam

consciência nacional.


Os tais homens que souberam

fazer a revolução

porque na guerra entenderam

o que era a libertação.


Os que viram claramente

e com os cinco sentidos

morrer tanta tanta gente

que todos ficaram vivos.


Os tais homens feitos de aço

temperado com a tristeza

que envolveram num abraço

toda a história portuguesa.


Essa história tão bonita

e depois tão maltratada

por quem herdou a desdita

da história colonizada.


Dai ao povo o que é do povo

pois o mar não tem patrões.

– Não havia estado novo

nos poemas de Camões!


Havia sim a lonjura

e uma vela desfraldada

para levar a ternura

à distância imaginada.


Foi este lado da história

que os capitães descobriram

que ficará na memória

das naus que de Abril partiram


das naves que transportaram

o nosso abraço profundo

aos povos que agora deram

novos países ao mundo.


Por saberem como é

ficaram de pedra e cal

capitães que na Guiné

descobriram Portugal.


E em sua pátria fizeram

o que deviam fazer:

ao seu povo devolveram

o que o povo tinha a haver:

Bancos seguros petróleos

que ficarão a render

ao invés dos monopólios

para o trabalho crescer.

Guindastes portos navios

e outras coisas para erguer

antenas centrais e fios

dum país que vai nascer.


Mesmo que seja com frio

é preciso é aquecer

pensar que somos um rio

que vai dar onde quiser


pensar que somos um mar

que nunca mais tem fronteiras

e havemos de navegar

de muitíssimas maneiras.


No Minho com pés de linho

no Alentejo com pão

no Ribatejo com vinho

na Beira com requeijão

e trocando agora as voltas

ao vira da produção

no Alentejo bolotas

no Algarve maçapão

vindimas no Alto Douro

tomates em Azeitão

azeite da cor do ouro

que é verde ao pé do Fundão

e fica amarelo puro

nos campos do Baleizão.

Quando a terra for do povo

o povo deita-lhe a mão!


É isto a reforma agrária

em sua própria expressão:

a maneira mais primária

de que nós temos um quinhão

da semente proletária

da nossa revolução.


Quem a fez era soldado

homem novo capitão

mas também tinha a seu lado

muitos homens na prisão.


De tudo o que Abril abriu

ainda pouco se disse

um menino que sorriu

uma porta que se abrisse

um fruto que se expandiu

um pão que se repartisse

um capitão que seguiu

o que a história lhe predisse

e entre vinhas sobredos

vales socalcos searas

serras atalhos veredas

lezírias e praias claras

um povo que levantava

sobre um rio de pobreza

a bandeira em que ondulava

a sua própria grandeza!

De tudo o que Abril abriu

ainda pouco se disse

e só nos faltava agora

que este Abril não se cumprisse.

Só nos faltava que os cães

viessem ferrar o dente

na carne dos capitães

que se arriscaram na frente.


Na frente de todos nós

povo soberano e total

que ao mesmo tempo é a voz

e o braço de Portugal.


Ouvi banqueiros fascistas

agiotas do lazer

latifundiários machistas

balofos verbos de encher

e outras coisas em istas

que não cabe dizer aqui

que aos capitães progressistas

o povo deu o poder!

E se esse poder um dia

o quiser roubar alguém

não fica na burguesia

volta à barriga da mãe!

Volta à barriga da terra

que em boa hora o pariu

agora ninguém mais cerra

as portas que Abril abriu!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Comemorações do 36º Aniversario do 25 de Abril - Safara

Comemorações do 36º Aniversario
http://vozdenos.files.wordpress.com/2008/04/cravos_h.gif
SAFARA

24 de Abril
08:00h- Arruada pela Banda filarmonica do Circulo Artístico Musical Safarense

10:00h- Passeio Ciclocloturistico - Concentração Largo das Ameias
Percurso - Safara - Santo Amador - Safara

15:00h- Vacada - Organização do G.F.A. Safara

16:00h -Conversas sobre a Revolução do 25 de Abril com ANTÓNIO GERVÁSIO
" Resistente anti- fascista, preso pela pide no forte de Peniche"
Local: Casa de Moagem

25 de Abril
09:00h - Desfile do grupo coral Feminino

10:00h - Torneio de evido - C. F. Santa Ana
- Prova de Atletimo - Praça 25 de Abril
- Arruada pela banda Filarmonica " Os Leões "

14:00h - Jogos Tradicionais - Pinturas Faciais

15:00h - Caminhada- Inicio Praça 25 de Abril

16:30h - Sardinhada e animação musical Praça 25 de Abril
- Grupo VÁ de MODAS

Dois meses

Hoje o Rua da Achada completa dois meses, e porquê agora falar de dois meses? isso não se costuma assinalar, pois mas foi precisamente dois meses que eu defini como prazo para fazer um balanço, pensei assim no dia que comecei aqui a escrever, ( se ao fim de dois meses ninguém tiver visto isto não vale a pena continuar) até agora o Rua da Achada teve mais de 2.400 visitas, não sei se é muito ou se é pouco, mas é muito mais do que eu imaginei, tinha pensado em 500, não sei, não fazia a mínima ideia. Queria agradecer ao meu camarada Santiago Macias (avenida da saluquia 34) que me tirou algumas duvidas, e a minha amiga Cidália Guerreiro ( amarelejando) que me deu uma enorme ajuda, e agradecer também a todos os que visitaram e comentaram este blogue.
Recebi comentários, que foram grandes contributos, comentários de encorajamento que me deram animo e me fizeram acreditar que valia a pena, comentários menos bons, e comentários que nem publiquei, de tão ofensivos, insultuosos, e tão baixo nível, que nem dava para publicar, mas até esses foram importantes, porque deu para ver melhor como há pessoas mesquinhas, mal-dosas e com uma pobreza de espírito impressionante, que aproveitam o anonimato para libertar seu veneno, seu ódio, suas frustrações mas como dizia um politico Brasileiro " falem de mim, bem ou mal mas por favor falem" ou ainda uma frase que ouvi a um comerciante Barranquenho " gato morto miguem pontapeia", por isso se falam, se nos dão pontapés, é sinal que estamos vivos e que não somos tão insignificantes como as vezes nos querem fazer querer.
O Rua da Achada vai continuar assim, de acordo com a minha disponibilidade irei publicar tudo que consiga recolher, conto com o contributo de todos, nos próximos dias, irei falar sobre o que se vai passando por cá nas comemorações do 25 de Abril, que gostaria de destacar uma iniciativa da Junta de Freguesia que vai ter lugar no dia 24 (sábado) ás 16:00 na casa da moagem " Conversas sobre a revolução de Abril com a presença de António Gervásio, resistente antifascista"
Muito obrigado a todos

segunda-feira, 19 de abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

Vamos lembrar Abril

Mais um aniversario da revolução de abril está ai a chegar, e para muitos jovens o 25 de Abril é apenas, mais um feriado, um dia que não vão as aulas, este ano nem isso porque até calha no Domingo, tudo isto porque há uma tentativa clara de branquear o fascismo e a importância que o 25 de Abril teve para alterar o estado das coisas. hoje andava eu tentando ver algumas coisas sobre esta data quando encontrei uma foto e um comentário, que achei piada e que encaixa na perfeição.

Se nada fizermos corremos o risco de ver estas imagens à porta das fabricas que vão fechando todos os dias, mas com a seguinte frase.
O CAPITAL UNIDO TEM O PAIS TODO FUDIDO!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Junta de Freguesia de Safara, lança comonicado à população

Brazão de Safara
Comunicado à população

1- O anterior executivo da junta de freguesia negociou, com a Cruz Vermelha Portuguesa, um protocolo de utilização das ambulâncias em Junho de 2009.

2- Esse protocolo não foi submetido a aprovação da Assembleia de Freguesia, facto que o torna nulo.

3- essa situação fazia recair sobre o actual Executivo da Junta uma responsabilidade que, por se tratar de um acto ilegal, não poderia ser consentido.

4- O actual Executivo, analisada a situação, abriu imediatamente um processo negocial com a delegação da Cruz Vermelha de Safara e com os próprios órgãos centrais da instituição para celebração de um novo protocolo que acautelasse os interesses da população no que à utilização das ambulâncias diz respeito.

5- Os contactos mantidos com a Cruz Vermelha, tanto local com central, em nossa opinião , não acautelavam minimamente os interesses dos Safarenses, se mais não fosse por se prolongar indefinidamente uma situação de ilegalidade manifesta.

6- Acresce o facto de a última proposta da referida instituição pretendia a compra das viaturas por um preço simbólico de vinte euros (20 Euros), sem sequer se aceitar acautelar a sua manutenção ou reposição futura.

7- Considera o Executivo da Junta que a proposta é ultrajante para a população de Safara e constitui uma ofensa cujos objectivos suspeitamos mas que não vamos consentir.

8- Pelo o acima exposto, o Executivo da Junta de Freguesia de Safara não vai tolerar que a dignidade da população seja posta em causa , tendo decidido que, a partir da proxima segunda feira, dia 19 de Abril, as referidas viaturas passarão a estar sob custodia exclusiva da junta de freguesia.

Safara, 15 de Abril de 2010


quinta-feira, 8 de abril de 2010

Largo das Ameias ou Largo Eng. José F. Ulriche?

[Safara+Largo+das+Ameias+(2).jpg]
Este largo que todos nós, conhecemos por Largo das Ameias, o seu nome oficial é Largo Engenheiro José Francisco Ulrich, que foi Ministro da ditadura fascista de Salazar. Quando terminaram as obras de requalificação do largo, eu na altura membro da Assembleia de Freguesia, apresentei uma proposta no sentido de o largo se volta-se a chamar o nome que pelo qual todos o conhecem, a proposta foi rejeitada pela maioria (PS) da altura, argumentando que "nós, Safarenses, deveríamos estar todos gratos a esse senhor, pois foi durante a sua governação que Safara teve agua canalizada," já agora e digo eu, porque não estarmos gratos ao Dr. Salazar?Sim porque era ele que mandava, que era o chefe, e porque não estarmos gratos pelos jovens que o Dr. Salazar e seu governo mandou para a guerra? Sim se não fosse assim provavelmente nunca tinham saído daqui, não conheciam África, e porque não homenagearmos também esses Senhores, pelas torturas, prisões e mortes de que foram vitimas milhares de resistentes anti-fascistas, eu disse "RESISTENTES" peço desculpa era "TERRORISTAS" que eu queria dizer, sim porque era assim que eram apelidados, alias ainda hoje em alguns lugares do mundo, são apelidados de "TERRORISTAS" aqueles que lutam pela soberania dos seus povos, mas voltando ao largo das Ameias, eu na minha modesta opinião acho que não faz sentido, ter uma placa homenageando um Ditador Fascista em vez do nome histórico que por todos, foi, é e sempre será conhecido, por isso deixo aqui o meu apelo à Junta de Freguesia e Assembleia de Freguesia, que a bem da Cultura e da Democracia devolvam de uma vez por todas o verdadeiro nome ao largo.

Vou lançar aqui um desafio aos leitores, em especial aos que conhecem Safara, comentem este artigo e deixem a sua opinião sobre este assunto.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Endoenças em video

Resolvi dar visibilidade a este comentário para que os visitantes do Rua da Achada mais facilmente tenham acesso à festa das Endoenças em vídeo.

http://fabrica-de-imagens.blogspot.com/
Anónimo Anónimo disse...

Já está disponivel o 1º flme da Festa das Endoenças em Safara 2010.

fabrica-de-imagens.blogspot.com

o nosso email tb lá está disponivel para qualquer esclarecimento.

RJM

Fábrica de Imagens

7 de Abril de 2010 16:21