quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Câmara Municipal promove reunião com a população de Safara
A reunião teve como objectivo informar os munícipes sobre os progetos executados na freguesia, assim como os projectos futuros, e sobre os cortes nos financiamentos à autarquia resultantes da conjuntura actual.
O sr. presidente da câmara informou os presentes das dificuldades da câmara no futuro, pois o financiamento vindo do estado para 2011 vai sofrer um corte de 503.000 euros, isto a juntar ao que já teve em 2010 de 400.000 euros.
De realçar a fraca participação da população, estiveram presentes cerca de 20 pessoas, caso para dizer que se fala e critica muito na rua , nos cafés, mas quando somos chamados a participar, preferimos ficar em casa.
domingo, 17 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
Memorias "2 de outubro de 1954"
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Reunião da Assembleia de Freguesia / 30/09/10
Todos os assuntos colocados a votação foram aprovados por unanimidade.
terça-feira, 18 de maio de 2010
terça-feira, 11 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Parabéns a todos os Benfiquistas!
Sou sportinguista mas gostaria de deixar aqui os parabéns a todos os Benfiquistas, acho que o Benfica foi o justo vencedor desta época.
Parabéns!
domingo, 9 de maio de 2010
Efeméride local 9 de Maio
A obra estava a cargo da empresa Construções Progresso, Lda, de Lisboa.
A obra viria a ser inaugurado cerca de dois anos mais tarde, a 7 de Julho de 1951.
sábado, 8 de maio de 2010
Quase um mês depois continua a dar que falar!
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Safara, ver e saborear
Agora que o tempo melhorou, faço um convite aos leitores do Rua da Achada que não são de Safara a fazerem-nos um visita e descobrirem o que esta pequena terra tem para ver e saborear, então vamos lá, chegando a Safara podem parar logo na entrada e atestar o carro nas bombas do Augusto ou nas bombas do Rainha (ambas tem serviço de Bar) de seguida seguem em direcção ao centro e podem tomar o pequeno almoço na pastelaria LICO, agora que já recuperaram energias vão fazer umas compras de produtos da nossa terra, podem começar por comprar bolos regionais na Dias & Caeiro (Maria dos Bolos como é mais conhecida) e nos Pastelinhos de Safara depois pode comprar bons enchidos no talho do Zé Miguel e no talho do Zé da Lúcia de seguida passe pela padaria Taranta, na rua da Republica onde pode encontrar o magnifico pão Alentejano mas não venha de lá embora sem trazer também mel já premiado em vários concursos, e já que está nessa zona da aldeia dê um saltinho ao lagar do Chico Zé na rua do Brasil, e leve um bom azeite daquele que dificilmente encontra no supermercado, e já agora passe pelo Chico Pato e leve umas azeitonas com tempero caseiro que estas não encontra mesmo em lado nenhum, bem já tem os bolos, os enchidos, o pão, o mel, o azeite as azeitonas, com estas voltas todas são horas de almoço, tem duas opções ou vai ARCADA ou ao MEIA BOLA, não fique indeciso almoça num e vai jantar no outro, sim porque isto ainda não acabou, então que tal, gostou do almoço? estou certo que sim, então vamos lá continuar, para queimar algumas calorias vimos a pé visitar alguns pontos de interesse, começamos pela ponte romana na ribeira de Safareja, no regresso passamos pela fonte dos arcos e pode beber um pouco de agua fresca, agora vá em direcção ao largo das ameias e aprecie a capela de Santa Ana, já que está no largo das ameias e depois desta caminhada já ia um cerveja com um pires de caracóis, pois bem ai perto da capela tem o café JANEIRO, aproveite, depois dessa pausa siga em direcção à Achada de São Sebastião ai vai encontrar a Igreja de São Sebastião e ao lado um monumento em homenagem aos Safarenses que deram a vida pela pátria, segue pela rua São Sebastião até à praça 25 de Abril e encontra a Igreja Matriz, já ia outra cervejinha e uns caracóis, vá agora ao café RETE, já está? conheça agora o artesanato local, vá à do Zé de Jesus na Rua São Sebastião e veja os magníficos trabalhos em ferro, depois na rua de Moura ( estrada nacional) pode apreciar os trabalhos em verga e outros feitos pelo António Lima a seguir volte à rua do Brasil para ver as cadeiras com fundo de buinho feitas pelo Caixinhas, enquanto o tempo passa! já são horas de jantar, já sabe se foi ao ARCADA almoçar vá agora jantar no MEIA BOLA, terminado o jantar ainda pode ir tomar um copo na rua do Hospital tem o EduardusBar e o bar JF, mas o condutor agora não bebe alccol, começa a ficar tarde são horas de voltar,espero que tenham gostado, boa viagem, voltem Sempre!
domingo, 2 de maio de 2010
DIA da Mãe
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
sábado, 1 de maio de 2010
Dia Mundial do Trabalhador
Hoje comemora-se o dia Mundial do trabalhador, numa altura em que os direitos dos trabalhadores sofrem a maior ofensiva de sempre, com cortes nas regalias sociais com o aumento da carga horária, com a redução da prestação de subsidio de desemprego deixando assim a porta aberta para o patronato poder baixar ainda mais os salários que já são de miséria, agora ainda vem Passos Coelho, propor substituir o 13º mês por certificados de aforro, os banqueiros que ainda à um ano receberam do estado milhões e milhões de euros, dizia o governo que seria para a banca ajudar as famílias e as empresas a ultrapassar a crise, e agora o que vimos? Vimos os banqueiros virem à televisão a dizer descaradamente, com uma arrugaria nunca antes vista, sem se preocuparem nem com as palavras que utilizam ( a mama acabou agora é a doer) tudo isto porque os senhores neste trimestre, ganharam menos um pouco que em igual período do ano passado, mas ainda assim muitos milhões, tudo isto com o auto patrocínio de um primeiro ministro com tiques fascistas e que se diz de esquerda. mas não nos podemos esquecer que nós povo também temos culpa, porque à mais de 30 anos que estes senhores nos andam a enganar a retirar-nos a pouco e pouco os direitos conquistados com a revolução de Abril, e mesmo assim não abrimos os olhos, na hora de utilizarmos a arma mais poderosa que a democracia tem ao nosso dispor, utiliza-mo-la mal, utiliza-mo-la contra nós.
Por isso, que este 1º de Maio seja apenas o primeiro dia de uma luta que altere de uma vez por todas este estado de coisas.
Viva o 1º de Maio, Viva os Trabalhadores de todo o Mundo!
Reunião da Assembleia de Freguesia
domingo, 25 de abril de 2010
25 de Abril em Safara
Depois de Ana Caeiro apresentar a mesa, Vânia Marujo deu inicio ao colóquio, com alguma emoção que era visível no seu rosto, e que se sentia nas suas palavras, apresentou a biografia do convidado António Gervásio, resistente anti-fascista nasceu a 25 de Fevereiro de 1927 em Montemor-o-novo numa família pobre de operários agrícolas, agora com 83 anos, mas com uma lucidez incrível para que padeceu o sofrimento de ter estado preso três vezes, sempre por denuncia, em 1947, em 1960 e em 1971, sendo que desta vês só saiu aquando do 25 de Abril.
No total, esteve preso cinco anos e meio. Nas prisões de 1960 e 1971 foi brutalmente torturado, com espancamento até a perda dos sentidos. Na última prisão foi impedido de dormir durante 18 dias e 18 noites seguidos, esteve cerca de 400 horas sem dormir.
Em maio de 1961, foi espancado em pleno tribunal por denunciar as torturas da PIDE.
A 4 de Dezembro de 1961, em pleno dia, um pouco antes das dez da manhã, participou na fuga de Caxias com mais com mais sete pessoas, militantes do Partido Comunista Português, como ele próprio o era desde os 18 anos, curiosamente num carro que Salazar havia recebido de presente de Hitler.
António Gervásio participou sempre activamente nas lutas do proletariado agrícola do sul do pais, tendo sido um dos impulsionadores da luta pela jornada de 8 horas de trabalho, conseguidas após uma luta muito intensa por parte de todos os trabalhadores, mesmo sob o medo da PIDE e sob o jugo fascista.
Depois da revolução, foi eleito deputado à assembleia constituinte pelo distrito de Portalegre e, em 1979, foi eleito deputado à assembleia da republica pelo distrito de Évora. participou directamente em todo processo da reforma agrária e na luta pela sua defesa. è da sua autoria a obra "A Reforma Agrária é Necessária."
Todas estas historias reais contadas na primeira pessoa impressionaram e emocionaram o publico que enchia por completo o auditório. De realçar a ausência dos eleitos do PS nesta e em todas as iniciativas levadas a cabo pela Junta de freguesia, é pena porque assim ficariam a saber melhor como foi difícil alcançar a democracia.
Hoje dia 25 de Abril houve arruada pela Banda dos Leões e entrega de cravos vermelhos pele população, para além de outras iniciativas que terminou com a actuação do grupo VÁ de MODAS.
25 de Abril Sempre!
Peço desculpa pela data que está na foto, fui eu que não actualizei a data da maquina, mas foi mesmo feita no colóquio de dia 24/04/2010.
As portas que Abril Abriu.
As Portas que Abril abriu
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.
Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.
Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.
Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.
Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.
Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.
Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação
uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com que a força da vida
seja maior do que a morte.
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.
Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.
Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.
Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
do ventre duma chaimite.
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!
Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados «páras»
que não queriam o degredo
dum povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam.
Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.
Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma ração
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.
Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer.
E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.
E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.
Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.
A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que se desdobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.
Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.
na mesma luta de ideais
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.
Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio fazia
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.
Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.
Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.
Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.
Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.
Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
— cumpriu-se a revolução.
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os generais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.
Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.
E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.
E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
aprenderam Portugal.
Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opõe àqueles que o firam
consciência nacional.
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.
Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.
Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.
Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
– Não havia estado novo
nos poemas de Camões!
Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram
das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.
Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
dum país que vai nascer.
Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser
pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!
É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.
Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua própria grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viessem ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.
Na frente de todos nós
povo soberano e total
que ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.
Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Comemorações do 36º Aniversario do 25 de Abril - Safara
SAFARA
24 de Abril
08:00h- Arruada pela Banda filarmonica do Circulo Artístico Musical Safarense
10:00h- Passeio Ciclocloturistico - Concentração Largo das Ameias
Percurso - Safara - Santo Amador - Safara
15:00h- Vacada - Organização do G.F.A. Safara
16:00h -Conversas sobre a Revolução do 25 de Abril com ANTÓNIO GERVÁSIO
" Resistente anti- fascista, preso pela pide no forte de Peniche"
Local: Casa de Moagem
25 de Abril
09:00h - Desfile do grupo coral Feminino
10:00h - Torneio de evido - C. F. Santa Ana
- Prova de Atletimo - Praça 25 de Abril
- Arruada pela banda Filarmonica " Os Leões "
14:00h - Jogos Tradicionais - Pinturas Faciais
15:00h - Caminhada- Inicio Praça 25 de Abril
16:30h - Sardinhada e animação musical Praça 25 de Abril
- Grupo VÁ de MODAS
Dois meses
Recebi comentários, que foram grandes contributos, comentários de encorajamento que me deram animo e me fizeram acreditar que valia a pena, comentários menos bons, e comentários que nem publiquei, de tão ofensivos, insultuosos, e tão baixo nível, que nem dava para publicar, mas até esses foram importantes, porque deu para ver melhor como há pessoas mesquinhas, mal-dosas e com uma pobreza de espírito impressionante, que aproveitam o anonimato para libertar seu veneno, seu ódio, suas frustrações mas como dizia um politico Brasileiro " falem de mim, bem ou mal mas por favor falem" ou ainda uma frase que ouvi a um comerciante Barranquenho " gato morto miguem pontapeia", por isso se falam, se nos dão pontapés, é sinal que estamos vivos e que não somos tão insignificantes como as vezes nos querem fazer querer.
O Rua da Achada vai continuar assim, de acordo com a minha disponibilidade irei publicar tudo que consiga recolher, conto com o contributo de todos, nos próximos dias, irei falar sobre o que se vai passando por cá nas comemorações do 25 de Abril, que gostaria de destacar uma iniciativa da Junta de Freguesia que vai ter lugar no dia 24 (sábado) ás 16:00 na casa da moagem " Conversas sobre a revolução de Abril com a presença de António Gervásio, resistente antifascista"
Muito obrigado a todos
segunda-feira, 19 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
Vamos lembrar Abril
O CAPITAL UNIDO TEM O PAIS TODO FUDIDO!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Junta de Freguesia de Safara, lança comonicado à população
Comunicado à população
1- O anterior executivo da junta de freguesia negociou, com a Cruz Vermelha Portuguesa, um protocolo de utilização das ambulâncias em Junho de 2009.
2- Esse protocolo não foi submetido a aprovação da Assembleia de Freguesia, facto que o torna nulo.
3- essa situação fazia recair sobre o actual Executivo da Junta uma responsabilidade que, por se tratar de um acto ilegal, não poderia ser consentido.
4- O actual Executivo, analisada a situação, abriu imediatamente um processo negocial com a delegação da Cruz Vermelha de Safara e com os próprios órgãos centrais da instituição para celebração de um novo protocolo que acautelasse os interesses da população no que à utilização das ambulâncias diz respeito.
5- Os contactos mantidos com a Cruz Vermelha, tanto local com central, em nossa opinião , não acautelavam minimamente os interesses dos Safarenses, se mais não fosse por se prolongar indefinidamente uma situação de ilegalidade manifesta.
6- Acresce o facto de a última proposta da referida instituição pretendia a compra das viaturas por um preço simbólico de vinte euros (20 Euros), sem sequer se aceitar acautelar a sua manutenção ou reposição futura.
7- Considera o Executivo da Junta que a proposta é ultrajante para a população de Safara e constitui uma ofensa cujos objectivos suspeitamos mas que não vamos consentir.
8- Pelo o acima exposto, o Executivo da Junta de Freguesia de Safara não vai tolerar que a dignidade da população seja posta em causa , tendo decidido que, a partir da proxima segunda feira, dia 19 de Abril, as referidas viaturas passarão a estar sob custodia exclusiva da junta de freguesia.
Safara, 15 de Abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Largo das Ameias ou Largo Eng. José F. Ulriche?
Este largo que todos nós, conhecemos por Largo das Ameias, o seu nome oficial é Largo Engenheiro José Francisco Ulrich, que foi Ministro da ditadura fascista de Salazar. Quando terminaram as obras de requalificação do largo, eu na altura membro da Assembleia de Freguesia, apresentei uma proposta no sentido de o largo se volta-se a chamar o nome que pelo qual todos o conhecem, a proposta foi rejeitada pela maioria (PS) da altura, argumentando que "nós, Safarenses, deveríamos estar todos gratos a esse senhor, pois foi durante a sua governação que Safara teve agua canalizada," já agora e digo eu, porque não estarmos gratos ao Dr. Salazar?Sim porque era ele que mandava, que era o chefe, e porque não estarmos gratos pelos jovens que o Dr. Salazar e seu governo mandou para a guerra? Sim se não fosse assim provavelmente nunca tinham saído daqui, não conheciam África, e porque não homenagearmos também esses Senhores, pelas torturas, prisões e mortes de que foram vitimas milhares de resistentes anti-fascistas, eu disse "RESISTENTES" peço desculpa era "TERRORISTAS" que eu queria dizer, sim porque era assim que eram apelidados, alias ainda hoje em alguns lugares do mundo, são apelidados de "TERRORISTAS" aqueles que lutam pela soberania dos seus povos, mas voltando ao largo das Ameias, eu na minha modesta opinião acho que não faz sentido, ter uma placa homenageando um Ditador Fascista em vez do nome histórico que por todos, foi, é e sempre será conhecido, por isso deixo aqui o meu apelo à Junta de Freguesia e Assembleia de Freguesia, que a bem da Cultura e da Democracia devolvam de uma vez por todas o verdadeiro nome ao largo.
Vou lançar aqui um desafio aos leitores, em especial aos que conhecem Safara, comentem este artigo e deixem a sua opinião sobre este assunto.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Endoenças em video
http://fabrica-de-imagens.blogspot.com/
- Anónimo disse...
Já está disponivel o 1º flme da Festa das Endoenças em Safara 2010.
fabrica-de-imagens.blogspot.com
o nosso email tb lá está disponivel para qualquer esclarecimento.
RJM
Fábrica de Imagens7 de Abril de 2010 16:21
Bom dia.
Estou agradecível ao autor do Blog,por este mesmo existir.
Ontem, mesmo fui informada par ler as tolices que para aqui estavam expostas visto talvez de cara cara algumas pessoas não tem coragem de dizer, mas eu sim.
Por isso mesmo começo por desmentir quem disse que a sra presidente tinha pedido feijão á cruz vermelha fui eu a contactada,se aceitava bens alimentares para distribuir por os mais necessitados vistos ter o voluntariado gratuito perante o Banco Alimentar contra a fome no concelho de Moura caso não estejam ao corrente então passo esta msg.
No presente ano assinalado pela comunidade Europeia da luta contra a pobreza e a Exclusão Social,"onde cerca de 80 milhões de cidadãos europeus vivem em risco de pobreza, entre os quais 19 milhões de crianças, e a situação tende piorar com os efeitos a longo prazo da crise económica e financeira que teve inicio em 2008.
O Ano Europeu da luta contra a pobreza e a Exclusão social pretende reforçar a importância do compromisso político e do envolvimento colectivo e individual na erradicação da "POBREZA",e na desconstrução de estereótipos e estigmas a quem vive nessa situação.
Hora bem como os feijões em Safara ninguém está necessitado e como escreveram no comentário para a "SRA PRESIDENTA E SUA AMIGA OS COMEREM", tanto feijão faz dor de "Barriga."
Então no dia 29 e 30 de Maio e feita a campanha de recolha de bens alimentares os feijões iram para o B.A.C.F.
Mas é pecado algumas pessoas serem pouco cívicas e não entenderem as boas intenções de quem podia no amanhã necessitar hoje foram feijões amanhã podia ser pão e quem sabe se no futuro não se adicionava algum PATÈ fosse ele aquele que fosse para meio entendedor meia palavra chega não é verdade?
E já agora em nome do Banco Alimentar quem tiver a boa vontade de querer dar a sua ajuda preciosa como voluntário será bem vinda sempre bem vinda e ficaram com a certeza para onde seguem os feijões e o só sentiram a forte emoção do que é estar bem consigo próprio.
Eu peço as minhas desculpas a quem por aqui passar e ler, a minha intenção não é de estar a favor de uns, e ser contra outros.
8 de Maio de 2010 11:19